segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Regiões tropicais, áreas temperadas e vegetação Brasileira

Regiões tropicais:

“As regiões tropicais, ou intertropicais – ou os trópicos”, como são denominadas, corresponde às áreas de baixas latitudes (de 0° “a 23°27´30”, ao norte e ao sul do Equador), localizadas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio. Mas não são todas as áreas situadas nessas latitudes que podem ser consideradas tropicais, uma vez que aí existem também altas montanhas e desertos.

Considera-se tropical a região de temperatura igual a 18 °C no mês mais frio e que apresenta um total anual de chuvas que permita o desenvolvimento da agricultura sem utilizar necessariamente a irrigação. Dessa forma, podemos considerar áreas tropicais a maior parte da America Latina e da África e boa parte da Ásia, além de numerosas ilhas do Atlântico, do Pacifico e do Índico, localizadas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio.

- Clima:

Os climas de zona tropical são quentes: as médias térmicas de mês mais frio estão entre 18 °C e os mais quentes entre 24° C e 30 °C. As amplitudes térmicas, tanto diárias quanto anuais, são baixas e, portanto, a variação de temperatura é geralmente muito pequena. Apenas é no curto inverno que há a penetração de frentes frias, oriundas das massas polares. Essas frentes se diluem rapidamente, voltando então o calor.

Os climas das áreas tropicais são variados, embora em geral quentes. Alguns são bastante úmidos, outros semi-úmidos e outros ainda semi-áridos. As temperaturas são bastante elevadas, principalmente na estação seca, quando em alguns meses (abril e maio) chegam a mais de 30° de média mensal.

No Brasil central, temos um clima quente e semi-úmido, algumas vezes chamado tropical típico por lembrar um pouco aquele da África das Savanas.

- Hidrografia, vegetação e solo:

Os rios da zona tropical – deixando-se de lado as áreas áridas e semi-áridas que existem nos trópicos – são normalmente caudalosos nunca congelam ou secam. São rios de regime pluvial, ou seja, dependem basicamente das chuvas.

A vegetação natural é bastante rica e variada: grandes florestas equatoriais, florestas tropicais, savanas ou cerrados e campos.

Embora existam solos férteis, geralmente os solos tropicais são frágeis e requerem um cuidado especial para não empobrecerem de forma intensa. È comum o aparecimento de lateritas, ou crostas ferruginosas, causadas pela lixiviação dos solos e pela predominância de ferro, óxidos de manganês e alumínio. A laterização ocorre especialmente em conseqüência da queimada ou da derrubada das florestas e do estabelecimento de agropecuária extensiva. Infelizmente, esse desmatamento, prejudicial aos solos, é muito comum em certas partes dos trópicos, sobretudo nas áreas onde se pratica agricultura intensiva. Esse tipo de agricultura é conhecido no Brasil pelo nome de roça. Após alguns anos de cultivo, com o empobrecimento dos solos, abandona-se o local e repete-se o processo em nova área. Às vezes, o agricultor volta à área abandonada, pois, após um período de descanso, as matas começam a se reconstituir. Essa vegetação secundaria é conhecida por capoeira, é menos rica que a primitiva.

Calcula-se que cerca de um terço da população do globo terrestre viva em ares tropicais.

Regiões temperadas:

São as que estão localizadas entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio e os círculos polares Árticos e Antártico, ou seja, a médias latitudes.

Em certas partes podem-se encontrar paisagens temperadas além desses limites ou encontrar dentro deles outras paisagens, tais como desertos e zonas montanhosas.

Existem também áreas de transição entre dois tipos de paisagens, como as subtropicais e as de clima frio continental.

- Clima:

O clima temperado se subdivide em continental, oceânico e mediterrâneo.

Possui as quatro estações do ano bem definidas e uma grande amplitude térmica anual.

Essas áreas de médias latitudes são regiões de confronto de massas de ar e, portanto, de intensa circulação atmosférica, dominados ora por uma frente fria, ora por uma frente quente.

Os climas temperados são os que mais fielmente retratam as diferenças entre as estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. O inverno é frio, com médias mensais de 0ºC a 4ºC e com queda de neve. O verão é quente, em torno de 16ºC a 20ºC; é seco no subtipo temperado mediterrâneo. A primavera e o outono são períodos de transição.

Classificação dos climas temperados:

1. Clima temperado mediterrânico:

Este clima caracteriza regiões situadas entre as latitudes de 30º e 40º. O clima mediterrânico é o único onde a estação fria está associada à estação das chuvas. Os Invernos são caracterizados por temperaturas amenas, devido às correntes marítimas quentes. É no inverno que se consegue observar algum índice de precipitação, sendo que no verão a precipitação é quase nula. Os Verões são quentes e secos, devido aos centros barométricos de alta pressão. Nas áreas costeiras os verões são mais frescos devido às correntes frias do oceano.

Exemplo:

* Lisboa, Portugal

2. Subtropical úmido

Tal clima usualmente acontece no interior de continentes ou nos litorais a leste de tais continentes, entre latitudes de 23°e 35. Ao contrário de climas mediterrâneos, uma zona com um clima subtropical possui verãos úmido dado massas tropicais instáveis. No leste asiático, os invernos podem ser secos e mais frios que em outros lugares com latitudes similares, dado à alta pressão atmosférica da Sibéria, e verões úmidos devido à influência das monções.

Exemplo:

* Curitiba, Brasil

3. Clima temperado marítimo:

Os climas temperados marítimos situam-se entre as latitudes de 45º e 55º. Estão normalmente, ao lado dos climas mediterrânicos. No entanto na Austrália encontra-se ao lado do subtropical úmido, e a uma latitude mais baixa. Estes climas são dominantes ao longo do ano. Os Verões são frescos e nublados. Os invernos são frios, porém amenos comparados aos de outros climas, a uma latitude semelhante.

Exemplo:

* Ponta Delgada, Açores
* Limoges, França
* Langebaanweg, África do Sul
* Prince Rupert, Colúmbia Britânica, Canadá

4. Temperado subártico

Tal clima acontece mais perto dos pólos que os climas temperados marítimos e está limitado ou a estreitos litorais da parte ocidental dos continentes, ou em ilhas de tais litorais, especialmente no Hemisfério Norte,

Exemplo:

* Punta Arenas, Chile

5. Clima temperado continental

Este clima é próprio das regiões do interior dos continentes em latitudes superiores a 45º. Caracteriza-se por uma relativa escassez de chuvas, sobretudo no inverno, devido à distância que as separa das áreas de influencia marítima, e por uma notável amplitude térmica estacional, com as temperaturas de verão bastante altas que contrastam fortemente com os invernos, muito frios. A temperatura média anual é inferior a 10 °C.

- Solo, hidrografia e vegetação:

Solo: Tanto os solos mais ricos, quanto os mais pobres, geralmente são explorados de forma intensa.

Hidrografia: Os rios geralmente congelam no inverno; com a primavera vem o gelo.

Vegetação: Costuma ficar desfolhada no inverno; na primavera, as folhas renascem. As paisagens temperadas são as mais ocupadas pelo ser humano: quase 2/3 da população mundial vivem em áreas temperadas.

Exemplos: Taiga, em algumas áreas; pradarias ou estepes, em outras; e também a vegetação mediterrânea, com suas oliveiras, castanheiras, cedros, etc.

Vegetação Brasileira:

BIOMAS

Podemos definir biomas como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação). São sistemas em que o solo,clima,relevo,fauna e demais elementos da natureza interagem entre si formando tipos semelhantes de cobertura vegetal.Biomas são unidades que evidenciam grande homogeneidade na natureza de seus elementos .Há florestas tropicais na América,África,Ásia e Oceania que,embora semelhantes,possuem comunidades ecológicas com exemplares distintos.Alguns desses exemplares são chamados de endêmicos (não ocorrem em nenhuma outra área do mundo)

Biomas e Formações Vegetais do Brasil:

O Brasil possui um território cerca de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de terras emersas ocupando quase metade do continente sul-americano. Nosso país tem várias zonas climáticas, desde equatoriais até subtropicais, e essa diversificação contribui para a formação de diferentes biomas: floresta tropical úmida, floresta subtropical, o cerrado, a caatinga e os campos, além do Pantanal. O Brasil também possui um extenso mar territorial e zona econômica exclusiva de 200 milhas marítimas.Com cerca de 3,5 milhões de Km²,o país tem soberania sobre essa área marítima,que apresenta variedade de ecossistemas,como os recifes de corais,as restingas,os manguezais,as lagoas,os estuários e as dunas no litoral.

Essa variedade de biomas relaciona-se à grande diversidade da fauna e da flora brasileiras, das quais muitas espécies são endêmicas. É o caso da jabuticaba,do abacaxi e da castanha-do-pará.Isso acontece porque o Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo: estimativas apontam que cerca de 20% do total de espécies endêmicas do planeta estão em nosso território.Essa variedade já sofreu grandes impactos negativos nos últimos séculos.

Devido à extensão territorial de o Brasil ser continental, a vegetação brasileira sofre influência de vários fatores geográficos e climatológicos, apresentando vários tipos de vegetação.

As características das formações vegetais brasileiras

As principais formações vegetais no território brasileiro são:

*Floresta Amazônica (floresta pluvial equatorial): é a maior floresta tropical do mundo, totalizando cerca de 40% das florestas pluviais do planeta. No Brasil ela se estende por 3,7 milhões de km² e 10% dessa área constitui unidades de conservação.A floresta Amazônica apresenta três estratos de vegetação:

* Caaigapó ou igapó: é uma área permanentemente alagada ao longo dos rios, onde se desenvolve uma vegetação de pequeno porte que inclui espécies como a vitória-régia e a mamorana.

* Várzea: área sujeita a inundações periódicas, com a vegetação de médio porte raramente ultrapassando os 20m de altura, como pau-mulato e a seringueira.

*Caaetê ou terra firme: área que nunca se inunda, na qual se encontra vegetação de grande porte, com árvores chegando aos 60m de altura, como a castanheira-do-pará e o cedro.

*Mata Atlântica: (floresta pluvial tropical): originalmente cobria uma área de 1 milhão de km²,estendendo-se ao longo do litoral desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e alargando-se significativamente para o interior em Minas Gerais e São Paulo.E agora só restam 7% da área original da Mata Atlântica.As Unidades de Conservação abrangendo esse bioma constituem apenas 2% da Mata Atlântica original.

*Mata de Araucárias ou Mata dos Pinhais: (floresta pluvial subtropical): é uma formação vegetal brasileira que se desenvolve especialmente nos estados da região sul do país e em partes de relevo mais elevados e frios de São Paulo e Minas Gerais.

*Mata dos Cocais: presente, principalmente nas regiões norte dos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí. Por se tratar de um bioma de transição,apresenta características da floresta Amazônica,Cerrado e da Caatinga. Presença de palmeiras com folhas grandes e finas. As árvores mais comuns são: carnaúba, babaçu e buriti.

*Caatinga: Vegetação xerófila, adaptada ao clima semi-árido. O nome caatinga significa, em tupi-guarani, mata branca, cor predominante da vegetação durante a estação seca. No verão,em razão da ocorrência de chuvas,brotam folhas verdes e flores.Sua área original era de 740 mil km².Atualmente 50% de sua área esta devastada e menos de 1% esta protegida em Unidades de Conservação.

* Cerrado: este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracterizam-se pela presença de gramíneas, arbustos e árvores retorcidas. As plantas possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em profundidades maiores.
Podemos encontrar pequenas formações florestais em meio a outros tipos de vegetação, tais como:

  • Mata de galeria ou mata cíclica: tipo de formação vegetal que acompanha o curso de rios do cerrado, onde é muito freqüente, e da catinga. Nas áreas próximas às margens dos rios perenes, o solo é permanente úmido, criando condições para o desenvolvimento dessa mata.

  • Capão: Em localidades que correspondem a pequenas depressões, com baixos índices de chuva, o nível hidrostático (ou lençol freático). Aí se desenvolvem os capões, formações arbóreas geralmente arredondadas em meio à vegetação mais rala ou rasteira.

*Pantanal: estende-se, em territórios brasileiros, por 140 000 Km² dos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, em planícies sujeitas a inundações. No Pantanal há vegetação rasteira, floresta tropical e mesmo vegetação típica do cerrado nas regiões de maior altitude. O Pantanal, portanto, não é uma formação vegetal, mais um complexo que agrupam varias formações e que também abriga fauna muito rica. Vem sofrendo diversos problemas ambientais.

*Campos naturais: formações rasteiras ou herbáceas constituídas por gramíneas que atingem até 60 cm de altura. Sua origem pode estar associada a solos rasos ou temperaturas baixas em regiões de altitudes elevadas, áreas sujeitas à inundação periódica ou ainda a solos arenosos. Os campos mais famosos do Brasil localizam-se no Rio Grande do Sul, na chamada Campanha Gaúcha. Em Mato Grosso do Sul, destacam-se os campos de Vacaria e, no restante do país, surgem como enclaves na Amazônia e nas regiões serranas do Sudeste. Apropriados inicialmente como pastagem natural, atualmente são amplamente cultivados tanto para alimentar o gado quanto para produção agrícola mecanizada.

*Vegetação litorânea: podem ser consideradas formações vegetais litorâneas a restinga e os manguezais. A restinga se desenvolve na areia, com predominância de arbusto e ocorrência de algumas árvores, como chapéu-de-sol, coqueiro e goiabeira. Os manguezais são nichos ecológicos responsáveis pela reprodução de grande número de espécies de peixes, molusco e crustáceos. Desenvolve-se nos estuários e a vegetação arbustiva e halófila (adaptada à presença de sal) podendo apresentar raízes que, durante a maré baixa, ficam expostas. As principais ameaças à preservação dessas formações vegetais são o avanço das áreas urbanizadas, a pesca predatória, a poluição dos estuários e o turismo desordenado, incentivando a instalação de aterros nesses lugares.

*Os domínios morfoclimáticos: Em 1965, o geógrafo Aziz Ab’Sáber estabeleceu uma classificação, cada domínio corresponde uma diferente associação das condições de relevo, clima e vegetação. Assim por exemplo, o domínio equatorial amazônico é formado por terras baixas (relevo), florestada (vegetação) e equatoriais (clima).


Por : Orlando, Lucas, Gleice, Silene e Mirele.

2 comentários:

  1. É eu achei um pouco interessante é muito bom mais eu não gostei os textos são muito grande de mais

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