domingo, 10 de outubro de 2010

O Lixo Eletrônico


O ritmo acelerado dos avanços tecnológicos torna os equipamentos, em pouco tempo, ultrapassados e ineficientes diante às exigências de seus usuários, que optam por trocá-los por modelos mais novos. Esta situação pode ser observada tanto em residências, quanto em escritórios, escolas e empresas, e inclui os mais variados equipamentos, tais como: computadores, eletrodomésticos, celulares, entre outros.
Os equipamentos rejeitados são geralmente reduzidos à condição de lixo, o chamado lixo eletrônico, e muitas vezes têm como destino o lixo comum, indo para aterros sanitários ou lixões. As consequências desse lixo para o ser humano, os animais e o ambiente são graves devido às substâncias que compõem esse tipo de material, principalmente os metais pesados.
As pessoas podem se contaminar diretamente através da manipulação de placas eletrônicas ou indiretamente, devido à contaminação do solo e lençóis freáticos quando esse lixo é lançado em aterros sanitários.
A estimativa é de que 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas por ano no mundo. Grande parte certamente ocorre nos países ricos. Só a Europa seria responsável por um quarto desse lixo. Mas o que a ONU alerta agora é para a explosão do fenômeno nos Países Emergentes e a falta de capacidade para lidar com esse material, muitas vezes perigoso.
O Brasil é o País Emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico por pessoa a cada ano. Recentemente, a ONU advertiu o Brasil afirmando que ele não tem estratégia para lidar com o fenômeno e o tema sequer é prioridade para a indústria.
É importante ressaltar que está tramitando no Congresso Brasileiro um projeto de Lei Nacional de Resíduos Sólidos (PL020391), que visa garantir a responsabilidade dos fabricantes pela coleta, tratamento, transporte e destino dos resíduos eletrônicos. Se aprovado, esse projeto de Lei será uma maneira de evitar que o lixo eletrônico seja despejado nos aterros sanitários, contaminando o solo e a água com os seus componentes tóxicos.
Sabemos que já existem diversos fabricantes de equipamentos eletroeletrônicos, bem como empresas de reciclagem, que recebem esses resíduos para encaminhamentos adequados, portanto enquanto esse projeto de Lei não é aprovado, devemos ficar atentos aos locais e postos de recolhimento desse tipo de lixo, pois eles não podem ser descartados de qualquer maneira devido ao grande perigo de contaminação por substâncias tóxicas.
Confira abaixo algumas substâncias contidas em aparelhos eletrônicos e os seus principais efeitos nocivos no organismo:

Arsênico: Causa doenças de pele, prejudica o sistema nervoso e pode causar câncer no pulmão.
Onde é usado: Celular.

Belírio: Causa câncer no pulmão.
Onde é usado: Computador, celular.

Cádmio: Causa envenenamento, danos aos ossos, rins e pulmões.
Onde é usado: Computador, monitores de tubo antigos, baterias de laptops.

Chumbo: Causa danos ao sistema nervoso e sanguíneo.
Onde é usado: Computador, celular, televisão.

Mercúrio: Causa danos cerebrais e ao fígado.
Onde é usado: Computador, monitor e TV de tela plana.

Retardantes de chamas (BRT): Causam desordens hormonais, nervosas e reprodutivas.
Onde é usado: Diversos componentes eletrônicos, para prevenir incêndios.

PVC: Se queimado e inalado, pode causar problemas respiratórios.
Onde é usado: Em fios, como isolante elétrico.


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